PÚBLICO P3 FEZ-NOS UMA ENTREVISTA
O suplemento digital do Público P3 fez-nos uma entrevista em Agosto de 2014. Entre outras perguntas, quiseram saber o que falta às indústrias criativas portuguesas.
Nós dissemos que falta pragmatismo. “Saber alhearmo-nos do que acreditamos ser o caminho correcto para o sucesso da ideia de negócio e alavancar o trabalho com a constante aprendizagem. Entender que, por vezes, é melhor descartar aspectos que segundo os testes de mercado poderão não dar resultado positivo”.
O vosso projecto é um dos dez finalistas da edição 2014 do Prémio Nacional das Indústrias Criativas (PNIC). Como o descreveriam a quem nunca ouviu falar da vossa marca?
A Beesweet apresenta um novo mel cru e aromatizado. Recorrendo a técnicas naturais, trazemos um produto inovador com aplicações várias. Representamos a terceira geração de apicultores na família e acreditamos na oportunidade de desenvolver este projecto, lançando no mercado um produto inovador. Este é um mel específico de floração de mirtilo, ainda não comercializado em Portugal e com propriedades específicas para a saúde — em desenvolvimento com instituições de ensino e investigação. Os produtos Beesweet propõem experiências com sabor, que podem ir desde os mais intensos, como o n.º 25 “Christmas”, aos mais frescos, como o n.º1 “Citrus”. A embalagem é design exclusivo, ergonómica, limpa e prática de utilizar.
Em que é que a vossa empresa difere de outros projectos semelhantes?
Não existe, na Zona Euro, mel específico de floração de mirtilo, encontrando-se apenas em poucos locais no mundo — sendo estes muito raros e relativamente recentes, com uma procura crescente e uma já afirmação no mercado naturista como produto de relevância nutricional e orgânico. Não existe no mercado global mel com sabor. Considerando a inércia em volta do mercado do mel, a inclusão deste produto inovador, assim como a utilização de embalagens diferenciadas, abre um novo mercado flexível e escalável, quer em termos de implantação geográfica quer em variedade de produtos com base no mel. Ainda não se aliou ao produto uma embalagem requintada, apaixonante, prática de utilizar e de design exclusivo.
O prémio para o vencedor desta edição são 25 mil euros. Caso vençam, como contam investir o dinheiro?
A Beesweet necessitará de pelo menos 30 mil euros para iniciar a actividade, comprar equipamento, matéria-prima e embalagens.
O que faz falta às indústrias criativas portuguesas?
Pragmatismo. Saber alhearmo-nos do que acreditamos ser o caminho correcto para o sucesso da ideia de negócio e alavancar o trabalho com a constante aprendizagem. Entender que, por vezes, é melhor descartar aspectos que segundo os testes de mercado poderão não dar resultado positivo. Efectivamente passar das ideias à prática, com objectivo de obter resultados positivos o quanto antes. A persistência e o foco de prosseguir, de correr o risco. Sair da nossa área de conforto e de implementar as verdadeiras necessidades dos clientes.
Se a vossa empresa fosse a uma entrevista de emprego e lhe perguntassem onde vai estar em 2020, o que responderiam?
Somos as fundadoras de uma empresa líder mundial na comercialização de produtos “premium” com base no mel.