sabores Mel Beesweet

Ana Pais e Carla Pereira criam mais que mel!

Os sabores menta, limão, picante, salgado e chocolate são exactamente os seus paladares. É assim que na Beesweet se criou um novo produto que é mais que mel. Uma herança de família reclamada e actualizada para que o mel seja mais do que mel e passe a ser, por exemplo, um N.88 Fire. É por isso que Ana Pais e Carla Pereira, dão novos sabores ao mel.

Na sede da Beesweet, em Loureiro, Oliveira de Azeméis, há uma máscara de apicultura antiga. Tem “aí uns 50 anos”, calcula Ana Pais, “até cheira a velhinho”. Não é apenas um artefacto do passado feito peça decorativa. É uma lembrança constante de um legado que Ana, 37 anos, e a prima, Carla Pereira, 33, nunca haviam pensado reclamar. Afinal, a apicultura sempre foi algo natural para elas: o avô Augusto “sempre fez”, sempre “teve abelhas”.

“Há 40, 50 anos, pessoas com quintal normalmente tinham abelhas, quase como animal doméstico”, nota Ana, “para terem o seu próprio mel”. E o avô tinha o seu próprio mel e também o vendia. Fazia a cresta, colocava na centrifugadora, punha a rotulagem e vendia na loja da avó. Mas não fazia apenas o mel-mel, também misturava ervas aromáticas que lhe emprestavam novos sabores. Essas são as memórias das primas – recuperadas e embrulhadas de novo: o avô Augusto poderia não reconhecer nomes como N.5 Winter, N.10 Seasalt ou N.88 Fire, mas com certeza lhes reconheceria os sabores.

COMO CONSEGUEM

O segredo é a alma do negócio, já sabemos; e, por isso, não saberemos que plantas aromáticas são usadas em cada néctar. Percebemos um sabor picante no Fire, um sabor de canela no N.25 Christmas. Descrevem-nos sabor de menta no N.5 Winter e de limão no N.1 Citrus. Se os sabores são reais, os ingredientes uma ilusão, porque um mágico nunca revela os seus truques. Apenas os que são óbvios: o Seasalt tem flor de sal – “acho que somos a única empresa a produzir néctar salgado”, nota Ana; e o N.66 Beelove inclui cacau.

A DIFERENÇA

Fumegador Beesweet

“Se estás a colocar plantas vivas e frescas no mel, estás a beneficiar a matéria-prima, a melhorar a base”. E, apesar dos néctares aromatizados serem o elemento distintivo da Beesweet, esta não deixa de ter MEL, o N.3 Beepure Bio, certificação biológica, com certeza. Para chegar a uns e outro, a produção é totalmente artesanal e respeitando as temperaturas naturais do mel. O resultado é um mel cru, puro: no caso do néctar aromatizado, a única diferença é que as ervas estão alguns dias no mel e são depois retiradas, com redes alimentares.

A EMPRESA

É uma empresa totalmente artesanal e 100% familiar, a que as duas primas montaram quando se descobriram “esmorecidas” na vida profissional (Ana, na área da hotelaria, Carla, administrativa). Procuraram uma saída, frequentaram formações. “Visitámos lojas, percebemos que o mel estava perdido no tempo, com frascos grandes e rótulos pouco atractivos”, recordam, “e víamos como outros produtos, a manteiga, o café, inovavam com novos sabores”. “Porque não fazer algo diferente com o mel?”, pensaram. Não hesitaram em olhar para o passado, resgatar as receitas tradicionais (e caseiras) do avô – e desenvolvê-las com chefs. “No início, enviávamos muitos frascos a chefs para que nos dissessem o que achavam. Fomos ajustando as receitas de acordo com a opinião deles e alguns tornaram-se como que ‘padrinhos’, como a Filipa Gomes do 24 Kitchen e o Chakall.”

 
E não só se aventuraram com sabores no mel como decidiram embalá-lo de forma diferente. O design da linha Gota simula exactamente um pingo. A embalagem é top down, “temos zero desperdício, escorre até à última gota” – e, não de somenos, com 300 gramas (nas outras linhas, frascos de vidro guardam 40 ou 150 gramas). O design é, aliás, uma preocupação iniludível na Beesweet, que até se deu a conhecer, em 2014, com uma Edição Exclusiva de Autor 3x150g, a que se seguiu um Minipack Sensações 3x40g.

O MEL

Por esta altura, é redundante que Ana Pais diga que “o mel pode ser muito mais que mel”. “Quem busca este produto não quer só mel, quer criar experiências de sabores inusitados em casa, quer uma degustação”, avalia. Os nomes são todo um tratado de experiências que Ana e Carla quiseram despertar. Uma quase declaração de princípios – porque não pode um mel ser um Chanel nº 5? E, assim, entrou também a numerologia, associada ao nome e às sensações que se pretendem despertar. O Nº5 Winter, por exemplo, remete para “bosques” e quer induzir um sentimento “de aventura e liberdade”. O Nº 25 Xmas é mais óbvio, é o Natal e a família que são imediatamente invocados. “Uma das regras das empresas é nunca criar produto de época”, confessa Ana, entre sorrisos que denotam pouco arrependimento com a ousadia.

 Ferramentas Apícolas Beesweet
Se Ana e Carla tinham as receitas e as ideias, faltava-lhes formação na área, uma lacuna que continuam a suprir frequentando workshops e formações (a mais recente em marketing digital e inovação). Se tinham as receitas e as ideias faltavam-lhes as abelhas – continuam a faltar. Querem trabalhar directamente com as colmeias, por enquanto as condições não estão reunidas. Por isso, trabalham com diversos parceiros, todos portugueses, todos com certificação biológica. “Visitamos os agricultores, fazemos questão de ver onde estão as colmeias, como se desenrola todo o processo, fazemos análises”, conta Carla.

A ORIGEM DO MEL

Ana até costuma ir ajudar na altura da cresta, gosta de se “embrenhar naquele mundo, nos cheiros”. “Escolhemos e mantemos ligação.” O último lote de mel veio da serra da Estrela; o próximo virá do Alentejo. “Tentamos escolher pela qualidade e pelo que rodeia as colmeias”. A flora em volta influencia o mel, daí escolherem-se produtores que mantêm as suas abelhas entre “floração variada e interessante”. O mel pode ser mais claro ou mais escuro, mais amargo ou mais doce.. Por exemplo: o de laranjeiras é “clarinho, suave, aromático, cítrico”, o de medronheiro “é muito amargo” (e muito caro: pode chegar aos 50 euros por quilo – “os holandeses valorizam imenso). A Beesweet usa normalmente floração de eucalipto. Aposta ainda noutras mais raras, como a de mirtilo, “que não é contínua”. Neste momento, o mel de mirtilo, o Beeblue, está esgotado. Este tem “tonalidade rubi, ligeiramente agreste e de sabor silvestre” e, de acordo com um especialista da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação do Porto, tem maior poder antioxidante e maior poder antibacteriano do que outros méis.
 

Resposta rápida

Além do sabor, há vantagens no mel aromatizado?

Sim, segundo estudos da Universidade de Aveiro o mel com plantas aromáticas é antioxidante, com canela e cacau e antibacteriano. E usamos mel com floração de eucalipto que é bom para resfriados, gripes e bronquites.

Têm outros “frutos” das abelhas?

Temos polén, favos, incluindo quadros inteiros, e o superproduto que é a geleia real pura, já utilizado pelas farmacêuticas: tem textura de leite-creme mas é amarga. Uns não conseguem comer, outros não conseguem parar. É muito poderosa, o melhor para o sistema imunitário, como tomar um copo de água da fonte da juventude.

Onde se podem encontrar os produtos Beesweet?

Apostamos mais no mercado gourmet e premium, pelo menos nesta fase. Não temos capacidade para vender em grandes superfícies sem desvirtuar a qualidade. Mas estamos em Portugal de Norte a Sul e ilhas, em França, no mercado da saudade, no Canadá e Macau em pequenas lojinhas. E temos a nossa loja online: todos os dias têm caído encomendas.

Saiba mais em: Beesweet website

 
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